Sua empresa tem uma margem aparentemente grande na prestação dos serviços, mas ao final do mês não tem o lucro esperado? Se o cálculo do custo estiver errado, é possível que esteja havendo uma visão distorcida da margem de lucro. O problema pode estar no preço cobrado do seu cliente estar igual ou inferior ao custo para manter o mesmo. Dessa forma, saber calcular e controlar os custos e despesas dos serviços oferecidos é essencial para que a sua empresa alcance o sucesso.
Ao montar uma rede e ativar um cliente a empresa realiza várias operações e gasta recursos como matéria-prima e mão de obra. Então, para determinar corretamente o custo de um serviço é preciso levantar todo o material utilizado, desde a criação da rede até a ativação e manutenção de um cliente, de forma a ter o controle dos gastos.
Segundo Eliseu Martins, autor do livro Contabilidade de custos, custo é o “gasto relativo a um bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços”. O custo pode ser a matéria-prima ou a mão-de-obra. Entretanto, existem outros gastos como aluguel e energia elétrica que não estão diretamente relacionados com a prestação de um serviço ou produção de um produto. Estas são as despesas.
Custos e despesas podem ser fixas ou variáveis. Como separar? É simples. O seu aluguel, por exemplo, não varia ao mês: essa é uma despesa fixa. Entretanto, sua energia elétrica varia de acordo com o mês (desde que não seja uma demanda contratada): veja bem, essa é uma despesa variável.
Em relação aos custos, um técnico de instalação contratado tem o mesmo salário ao final do mês, e esse custo é fixo. Já a quantidade de fibra óptica utilizada para ativar um cliente varia, e esse é um custo variável.
Mas qual a importância de diferenciar esses custos? Digamos que seu provedor fique um mês inteiro sem ativar nenhum cliente e sem prestar assistência; ainda será necessário pagar aluguel, energia elétrica, telefone, folha de pagamento, etc., certo?
Se ao determinar o custo para ativar um cliente for considerado somente aquele referente aos equipamentos, materiais e mão-de-obra utilizados, ainda não está sendo considerados todos os gastos. Além dos custos já referidos, é preciso inserir as despesas e o investimento inicial para montar uma rede.
Se a sua rede pode atender 100 clientes, em uma conta simples, vamos distribuir o investimento pela quantidade de clientes e iniciar a formação do custo dessa forma.
Posteriormente, consideraremos os custos de ativação: quantidade em metros de cabo, conectores, ONU/ONT, quantidade de horas de mão-de-obra, entre outros.
Por fim, temos as despesas. Para inserir as despesas no custo do seu produto é preciso analisar em qual cenário sua empresa se encontra. Caso seu provedor tenha pouco tempo de atividade, e ainda irá ativar muitos clientes, é preciso ter uma previsão de quantos clientes terá em um semestre ou um ano. Caso a empresa já esteja estabilizada pode-se considerar a quantidade atual de clientes.
A singularidade do serviço prestado por um provedor de internet, está no fato de ao ativar um cliente, tenha-se um investimento alto e que depois é recuperado com o passar do tempo. Então, por isso que é importante cobrar pela instalação ou ter um tempo mínimo de conta ativa que seja possível recuperar o investimento e ter a margem de lucro necessária.
Em cada caso é possível ter uma abordagem diferente. Caso seja cobrada a instalação, inclui-se aquele custo inicial para criação da rede e o custo para efetivar a instalação. E as despesas são consideradas no valor da parcela.
Caso não seja cobrada a ativação do cliente é importante que este fique ativo por um tempo determinado que seja possível recuperar o investimento inicial feito.
É possível também calcular os custos para um cenário futuro. Digamos que o ideal seria lucrar um certo valor por mês. Então, calcula-se todos os custos e determina-se o preço a ser cobrado pelo valor, e chega-se a uma quantidade ideal de clientes ativos para chegar no lucro desejado.
Agora que já entendemos a importância dos custos, como controla-los? Uma forma simples e efetiva de controlar é por meio de planilhas. Todos os custos e despesas devem ser inseridos e rateados pela quantidade de contratos de serviços, ou pela quantidade de produtos.
Não tem ideia de como começar? Preparamos para você uma planilha de controle de custos. [FAÇA O DOWNLOAD AQUI]
Esperamos que ela te auxilie no início deste processo.
Lizandra Scheidt
Analista de Pricing da ISP Shop