Até o final do ano de 2018 todas as cidades do Brasil terão o sinal da televisão analógica desligado, o qual dará lugar ao sinal da TV Digital. A primeira cidade a passar pela mudança será Rio Verde, em Goiás.
Segundo o Gired – Grupo de Implantação da Digitalização – que acompanha todo o trâmite, este procedimento só poderá, de fato, ser concretizado se pelo menos 93% dos domicílios do município que acessem o serviço estejam aptos à recepção da televisão digital terrestre, além da distribuição de conversores para famílias inscritas no programa Bolsa Família, tarefa que cabe à Anatel – Agência Nacional de Telecomunicações.
Rodrigo Zerbone, presidente do grupo, e também conselheiro da Anatel (que lidera o Gired e acompanha o processo) explanou, durante o Seminário de Políticas de (Tele)comunicações, que o trabalho tem sido feito de maneira intensa, para que o cronograma estabelecido por portaria do Ministério das Comunicações seja seguido.
O também integrante do grupo e presidente da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Daniel Slaviero afirmou que não há condições de afirmar que o prazo será ou não cumprido, mas as condições e metas estão favoráveis a isto. Este comentário foi embasado por ele no fato de que em todas as cidades médias já há pelo menos uma emissora transmitindo em sinal digital, mas que, seguindo o exemplo de outros países que passaram por essa migração, o ponto crítico não é a transmissão, e sim a recepção. Seguindo sua fala, Daniel explicou que é preciso garantir que os telespectadores possuam equipamentos aptos à recepção digital, e que neste sentido constam no cronograma uma série de obrigações relativas à divulgação do desligamento com, pelo menos, um ano de antecedência, inclusão de logomarca e texto sobre isso na programação, criação de central de atendimento e página eletrônica para que dúvidas possam ser esclarecidas.
Em um panorama mais amplo, a TV digital trará à nossa sociedade o fortalecimento da indústria, a formação de pessoal especializado, novas oportunidades de trabalho, a possibilidade de estender a inclusão digital a toda população e o acesso a uma rede universal de ensino a distância com significante impacto educacional e cultural.