Quando frequentamos a escola buscamos conhecimento e aprendizado para nos tornarmos melhores como indivíduos e para nos afastarmos da ignorância. Uma carteira de escola é o princípio da formação de uma pessoa, seja em qualquer atividade na qual venha a se envolver, seja na Música, na Medicina, na Culinária, na Economia, nas Engenharias e por aí vai! Para algumas pessoas este processo de aprendizagem é intenso, porém aprazível, mas para outras, chega a ser um sacrifício.
Tudo bem que, em geral, não gostamos de todas as disciplinas, mas determinadas matérias acabam nos direcionando para a vida profissional. Ou seja, facilidade em Matemática a tendência é partir para uma profissão na Área de Conhecimento das Exatas; ou se o maior prazer for por História, Português, a atuação na Área de Humanas será quase uma certeza. Por que estou filosofando assim? A resposta é que, muito embora tenhamos nos empenhado em aprender o máximo possível sobre um assunto ou uma área específica, nem sempre esta teoria massiva é aplicada. E há várias razões. Cada pessoa que ler este breve texto, vai acabar se lembrando de situações em que se envolveu (profissionalmente) de maneira que a teoria, ou a melhor prática, teve de ser posta de lado para cumprir com um cronograma, ou uma tarefa urgente provisória que acabou virando permanente. Lembrou? Pois é sobre isso que eu gostaria de refletir um pouco com você que está aqui conosco. Não precisamos (e nem devemos) ser técnicos o tempo todo, certo?!
Como Engenheiro há 23 anos e Professor há 12 anos, vivenciei diversas situações. Como profissional da Engenharia pude ver vários profissionais despreparados certos de estarem fazendo o certo e outros poucos com pouco ou nenhum treinamento e enorme potencial a ser desenvolvido. E, como Professor, cansei de ver alunos torcendo o nariz para o que eu falava exemplificando que nunca faziam assim em campo e, para eles, o correto era como faziam. É nessa linha de pensamento e atitudes que diversos serviços são realizados em desacordo com Normas e na base do “ajuste técnico”, vulgarmente conhecido com gambiarra. Pensando bem: Pra que passar um patch-cord entre racks por guias de cabos horizontais e verticais se é possível passá-lo pela gretinha da porta? O resultado final é o mesmo, ou seja, vai haver comunicação!! Pois é, mas quando frequentamos a escola (ou o curso de cabeamento, por exemplo) não foi assim que ensinaram. Portanto, o que leva um “técnico” a agir assim? Cronograma atrasado? Ele sempre trabalhou assim? Teve treinamento? A verba está curta e só deu para utilizar um patch-cord curto que existia? Desinteresse do profissional pela atividade ou pela empresa? Falta de reconhecimento da empresa? É claro que este é um micro exemplo, é uma pequena analogia com problemas corriqueiros e podem retratar o que estou pretendendo com esta reflexão.
Um flash da época de escola (e porque não dizer de casa?) é o seguinte:
- “Tá ruim? Tente melhorar”;
- “Tá insatisfeito? Então busque outra oportunidade, e ceda o seu lugar para outro”;
- “Tá errado? Informe/ registre e procure fazer o certo”;
- “Tá tudo na mesma? Seja proativo e proponha algo novo”.
O fato é que podemos atingir e conquistar o que quisermos, nós somos o nosso próprio limite. Somos movidos pelo nosso “querer”, portanto, se eu quiser ser medíocre e continuar a colocar um patch-cord em desacordo com as boas práticas, eu o farei. Mas, se eu quiser ser o fornecedor de patch-cords para bons instaladores e empresas eu também posso. Na minha opinião a vida é dinâmica, sempre cheia de novidades (boas e ruins) e traz muitos desafios que fazem com que nos superemos para conquistar resultados e objetivos. Portanto, o que nos move são esses desafios da vida, seja para melhorar o que está mal feito, seja para criar algo novo, seja para ser referência de qualidade ou para manter a mediocridade.
A escolha é sua!