No ambiente dos ISP’s, à medida que o volume de informações que trafega pela rede de comunicação cresce, a atenção com a infraestrutura interna que dá suporte aos equipamentos e cabos também cresce, tornando-se extremamente importante garantir a segurança operacional e funcional dos dispositivos, além da performance e confiabilidade da própria rede.
A infraestrutura da rede interna necessita utilizar componentes que, além de comportar e acomodar de forma organizada todos os equipamentos ativos e cabos (internos e aqueles provenientes da planta externa), proporcionem uma proteção adequada, sem riscos à sua estrutura física, como também uma maior flexibilidade para que os mesmos possam ser manuseados ou substituídos sem impacto para o funcionamento do restante da rede.
Um importante aspecto a ser considerado é que, em uma rede utilizando cabeamento estruturado não se conecta um equipamento que provê um serviço ou sinal (equipamento ativo) diretamente ao equipamento do usuário. Conforme definido por normas internacionais, o equipamento ativo deve ser conectado a um painel distribuidor e este, através de outros dispositivos, ser conectado a uma tomada na área de trabalho. Por esse motivo, nos armários e salas de telecomunicações, os cabos individuais vindos das tomadas são terminados nos patch-panels. Estes por sua vez, são instalados no interior de racks ou outras estruturas de proteção. Este padrão torna o sistema independente e aberto, configurando robustez e agilidade para toda a rede.
Por esse motivo, a montagem de racks visando atender necessidades de conexão entre os equipamentos de uma rede é uma etapa muito importante. Um sistema de cabeamento estruturado não funciona adequadamente sem este componente, uma vez que é ele quem direciona os diversos tipos de equipamentos e cabos que serão ligados aos pontos de rede. Dessa maneira, a falta de estrutura adequada para os equipamentos da rede poderá impossibilitar a utilização de todos os recursos que o cabeamento estruturado oferece.
A infraestrutura baseada racks garante a flexibilidade e facilidade de manutenção característicos de uma rede estruturada. Através desse componente de rede é possível eliminar os cabos desnecessários no remanejamento na estrutura existente, organizar melhor a disposição física da rede e, por se tratar de um sistema com uma infraestrutura flexível, oferecer condições de suporte para a utilização das diversas aplicações de comunicação, quer sejam dados, voz ou imagem, por um tempo bem maior em relação a uma estrutura não planejada.
A especificação de um modelo ideal de rack, abrangendo as características descritas anteriormente, só pode ser conseguida após a padronização dos equipamentos e cabos de rede que serão acondicionados no mesmo. Caso contrário, teremos a existência de diversos padrões que dificultarão a organização do ambiente e, consequentemente, os racks poderão apresentar problemas de acesso físico, refrigeração, visualização de recursos, etc. Uma avaliação prévia das necessidades de espaço em torno dos racks, com um levantamento das distâncias entre os racks e eventuais obstáculos ou paredes, devem ser consideradas a fim de atender às necessidades de instalação, operação e de manutenção.
Uma vez definidos os aspectos de padronização dos equipamentos e cabos, bem como as necessidades de espaço físico, o ideal é solicitar aos fornecedores dos racks propostas de configurações já virão devidamente montadas de fábrica. A prática mostra que é mais seguro e econômico receber um rack com painéis, bandejas, calhas de alimentação e demais acessórios de montagem já devidamente posicionados e montados no rack do que receber tais componentes de fornecedores diferentes para serem montados em campo.