A primeira pergunta que deve vir a sua cabeça é porque Provedor 9.0? Sim, se olharmos na linha do tempo podemos identificar que o que estamos propondo faz todo sentido, principalmente se tivermos como base a evolução técnica das empresas.
Provedor 1.0 foram aqueles que iniciaram suas operações no surgimento da internet, utilizando a tecnologia que denominamos linha discada. A grande massa dos usuários que utilizavam esta tecnologia, se conectou desta forma aproximadamente ate o final do ano 2002.
Provedor 2.0 foram aqueles que logo no início da banda larga utilizaram o sistema baseado na faixa de frequência 2.4GHz para operacionalizarem sua rede. Do acesso discado para um acesso agora permanente, sem a necessidade de se realizar uma conexão, sobre uma rede de sua propriedade. Andando pelo Brasil, ainda vejo algumas redes operando nesta faixa de frequência, mas já são raras. A grande maioria destas redes saíram de operação por volta do ano 2010.
Provedor 3.0 começaram a acontecer os primeiros gargalos de rede, e algumas empresas perceberam que as redes 2.4 GHz não seriam suficientes para suas entregas de banda, e começaram a utilizar soluções na frequência de 5.8GHz. Inicialmente em enlaces entre POP’s, e posteriormente para entrega em clientes.
Provedor 4.0 foram aqueles que lá pelos anos de 2006 começaram a estruturar suas redes de cabo. Inicialmente todas estas redes eram redes em bridge, uma cascata de switches que neste período ainda eram alimentados pela energia AC da concessionária. Só num segundo momento e que surgiram as fontes estabilizadas.
Provedor 5.0 foram aqueles que viram que a solução rádio 2.4GHz e 5.8GHz puro não os supriam as necessidades. Com o surgimento de um novo fabricante no mercado, com um design refinado, os provedores começaram a migrar as suas estruturas para 5.8 N, uma solução com melhor operacionalidade e maior capacidade de entrega de qualidade aos clientes. Muitas das redes operando nesta tecnologia estão em operação ate hoje.
Provedor 6.0, empresa que optaram por utilizar cabo em meados de 2006, agora viram a necessidade de melhorarem suas estruturas de rede. Foi ai que surgiu a tecnologia PacPon, um misto de rede de fibra ótica com cabo UTP. As primeiras redes PacPon ainda utilizavam a energia das fontes primárias, e em uma segunda evolução desta tecnologia passaram a utilizar a tecnologia Poe reverso.
Provedor 7.0, é aquele que depois de tanta troca de tecnologia, começou a buscar uma estrutura tecnicamente mais sólida, que proporcionasse longevidade a sua empresa, então começaram a implantar em suas redes a tecnologia FTTH. As redes FTTH são as redes do futuro, é em cima destas redes que os provedores de internet permanecerão no mercado.
Provedor 8.0 são aquelas empresas que compraram a faixa de frequência de 2.5GHz na Anatel para a operação LTE. Não vejo que o LTE seja um concorrente para o FTTH, mas sim um complemento de rede que será um diferencial para quem tem. Mesmo sendo poucas empresas que adquiriram tais faixas de frequência, vejo isso como um marco do segmento.
Provedor 9.0! Inicia-se agora um novo momento das empresas. Fato é que o maior case de sucesso recente de operadoras de Telecom no Brasil é a GVT. Em uma entrevista do antigo CIO da GVT, Ruy Shiozawa, diz: “É impossível uma companhia de telecomunicações dar certo, por exemplo, sem um sistema de ERP, de CRM e de Business Intelligence. Se a GVT não tivesse estes três não estaríamos no mercado. Não posso falar isso para outros setores da economia. Mas, em telecomunicações, significa estar vivo ou morto.” Vejo nestas palavras de Ruy Shiozawa a real necessidade dos provedores neste momento de evolução e transformação. Quem não fizer uma gestão eficiente de suas empresas, embasado em dados reais, dificilmente continuará no mercado nos próximos anos. As empresas não necessariamente necessitam crescer, mas dentro da escolha que cada uma pretende estar, seja ela micro, pequena, média, grande ou operador regional https://www.ispblog.com.br/2017/01/11/qual-o-tamanho-do-meu-provedor-como-me-comportar-em-cada-uma-das-fases/ será preciso uma gestão extremamente eficiente.
O CRM é o sistema que gerirá o relacionamento com seu cliente. É na plataforma de CRM que se estabelece a gestão do seu cliente, entrando aqui todo o processo de marketing, vendas, contato e suporte a este cliente. Para os provedores de internet que tem como fonte de receita uma venda de serviços, baseado numa recorrência de receita, a gestão deste cliente e vital para o sucesso do negócio. E a partir dele que se solidifica toda sustentabilidade e crescimento da empresa.
O ERP é o sistema que ficará a cargo de integrar todos os dados de todos departamentos do seu provedor de internet. Partindo da integração do CRM, ou seja, da gestão do cliente, gestão do financeiro e tributário, gestão compras e suprimentos, gestão do CAPEX e OPEX (investimento e operacional), gestão da equipe e RH, e dos projetos que são implantados pela sua empresa e demais processos administrativos. Tudo isso cadastrado e gerido por um único sistema, a gestão e o controle da sua forma de ser, se torna bem mais simples e eficaz.
A definição de Business Intelligence, ou simplesmente BI, da Gartner pode ser simplificada como um conjunto de técnicas e ferramentas que permite a organização e análise das informações para o suporte a tomada de decisão. E digo isso porque a única intenção é essa: a de transformar dados em informação decisiva. Sempre menciono nos meus treinamentos uma outra frase que vejo importantíssima, “quem não mede, não gere”. De posse de todas estas ferramentas, você estará pronto para desenvolver e gerir sua empresa da melhor forma, utilizando capacidade de empreender de uma forma mais simples e eficaz.
Tudo isso, alinhado a um planejamento estratégico efetivo, novos serviços sendo operacionalizados na sua rede, uma equipe motivada e capaz, lhe tornará um empreendedor de sucesso e sua empresa PROVEDOR 9.0. Vamos fazer um upgrade na sua empresa? Conte comigo para sua nova fase de desafios.
André Ribeiro – é Engenheiro de Telecomunicações e atua como Consultor a 8 anos no Mercado de Provedores de Internet. Sua atuação é focada na Gestão, Estratégia e Modelamento de Negócios de provimento de internet e redes de telecom.