Resiliência e Flexibilidade em Tempos de Mudanças, Saindo da Teoria para Prática
Enviado em 01.05.2020

Resiliência e Flexibilidade em Tempos de Mudanças, Saindo da Teoria para Prática

“As espécies sobrevivem não são as mais fortes, nem as mais inteligentes, e sim aquelas que se adaptam melhor as mudanças” Charles Darwin

“As espécies sobrevivem não são as mais fortes, nem as mais inteligentes, e sim aquelas que se adaptam melhor as mudanças” Charles Darwin

Na perspectiva do Pensamento Sistêmico toda mudança, em qualquer parte, reverberará no sistema como um todo, pois a premissa central é a de que os organismos são atomicamente integrados formando uma única massa, e o que afeta um átomo afeta toda massa. Uma empresa, ou qualquer outra organização, é um sistema que reúne partes “indivisíveis”, indicando que toda mudança operada em qualquer uma delas certamente afetará, não apenas aquela, mas todas as outras partes. Uma vez modificado o sistema jamais será como fora. Essa é a essência da mudança, jamais ser como foi, mudar indica não mais estar ou ser como esteve ou foi, nesse sentido toda mudança é irreversível e afeta sistemicamente e definitivamente as estruturas.

Nos contextos dos ambientes controlados, onde as mudanças são provocadas por decisão e planejamento, é possível prever como agir diante de seus efeitos e até controlá-los, mitigando os resultados indesejados por já prever as possíveis consequências resultantes da ação de mudar. Nesse cenário é perfeitamente possível preparar-se para uma adaptação harmônica aos seus efeitos. Aqui somos os agentes conscientes das mudanças, estamos no controle. Nos cenários onde as mudanças se dão por fatores alheios ao planejamento, em ambientes onde não se tem o controle e suas causas não obedecem previsibilidade alguma o que se pode fazer antes de controlá-la é entender suas causas para poder assumir o controle sobre elas, ao contrário disso, se a mesma for irreversível, o que resta a ser feito é estabelecer um modelo de adaptação e de extração de benefícios que pode-se ter dos resultados por elas gerados. Note que em ambos casos pode-se fazer escolhas e tomar decisões.

Diante da certeza de que a única estabilidade existente no universo é a constante mudança, faz-se necessário o exercício das capacidades de resiliência e flexibilidade, a primeira é fundamentas para manter a integridade de uma organização diante de mudanças que imponham perdas e danos como consequências inevitáveis, o que lhes exigirá uma resistência resoluta e permanente perseverança no que se refere a seu propósito e missão, tendo como ponto focal a sua visão de futuro. Esses elementos são a base firme da resiliência em cenários de mudança imprevistas e indesejáveis. No que se refere a flexibilidade, essa é o elemento indispensável para o equilíbrio e adaptação, na perspectiva de que a flexibilidade é a capacidade de mudar a estratégia ou o comportamento com base nas respostas, em termos de resultados, que se têm. Organizações flexíveis são capazes de descobrir novos caminhos para chegar no destino estabelecido, mesmo que tenha que recuar, perder ou deixar de ganhar algo momentânea e circunstancialmente.

Já sabemos que vivemos, hoje, tempos de avassaladoras mudanças, se já na vida pessoal, profissional, relacional, assim como nos contextos organizacionais institucionalizados como no mundo corporativo, social e político. Os desafios mudaram, as respostas não podem ser as mesmas que havíamos nos acostumado a dar. É como se nos preparássemos estudando para um exame e quando recebemos a prova percebêssemos que a matéria é a mesma mas as respostas às perguntas são diferentes das que estudamos. Temos que aprender tudo de novo!

Mas a conclusão é a de que, mesmo que algum grande sacrifício seja exigido pelo “novo”, podemos ganhar algo se formos resilientes e flexíveis.

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