Este ano, completamos 20 anos da aprovação do acesso comercial à internet no Brasil, e muita coisa mudou desde então. Ao longo desse tempo, o que já foi curiosidade; novidade, a internet virou social, viral, onipresente.
Recentemente, o diretor do Google no Brasil afirmou que somos um dos países com a economia digital mais dinâmica, onde o digital tem uma grande capacidade de melhorar a vida das pessoas e impulsionar empresas de todos os tamanhos. Segundo cálculos da consultoria de tecnologia eMarketer, o Brasil deve ultrapassar o Japão e se tornar, neste ano, o quarto país com a maior população de usuários de Internet do mundo.
E a pergunta que fazemos hoje não é quando o seu usuário vai acessar o conteúdo online, mas sim, com que qualidade?
Não é a banda que importa, mas a qualidade entregue para ele – a experiência.
Hoje, na internet, microsegundos importam – Mais de 60% dos usuários de internet no Brasil mudariam de fornecedor de serviços de internet ou pagariam mais por uma experiência melhor online. (Fonte: Pesquisa Accenture Digital Consumer 2014)
E para conteúdo ao vivo é muito mais crítico: Atrasou, morreu. A credibilidade do Provedor está em jogo.
Recentemente, a Taghos implantou dois novos protocolos para cache de conteúdo ao vivo funcionalidade que está ativa em toda a base de clientes que hoje já representa 15% dos Provedores de Internet no país. E o que observamos em relação a conteúdo ao vivo nos últimos meses é uma crescente em relação a transmissões ao vivo, tanto de shows e eventos nacionais, como notícias e esporte.
Em junho de 2014, por exemplo, tivemos a nível nacional, 2 grandes eventos ao vivo: A Copa do Mundo e o WCT, grandioso Campeonato de Surfe.
Em setembro de 2015, tivemos cerca de 17 grandes eventos ao vivo na internet a nível nacional ocorrendo em paralelo, sendo a transmissão ao vivo pela internet do Rock in Rio nesse último mês, uma das mais importantes.
Nitidamente, vemos que a tendência no Brasil começou a crescer – O brasileiro está se dando conta de que além de gostar de assistir na internet e ao vivo, não quer só o jornal ou a rádio, mas também, a transmissão da TV.
E os provedores de conteúdo no Brasil se deram conta que, para abocanhar essa fatia de mercado, que antes ele não conseguia (porque ele estava navegando na internet) teria que estar lá (na internet). E em termos publicitários, também funciona bem pois mesmo ao vivo ou via download progressivo, o provedor de conteúdo consegue inserir as propagandas que o usuário vê na TV.
Temos o caso de Provedores do interior do Maranhão por exemplo, que transmitem sinal via Provedor para a comunidade local poder assistir canais de TV.
E como vemos é uma tendência muito forte o conteúdo da TV migrar para a internet.
Como a Taghos desenvolveu o próprio software, conseguimos obter uma profunda análise da internet brasileira, pois contamos com mais de 700 equipamentos ativos em todo Brasil, temos como identificar quando as tendências começam a surgir – pegamos a curva no início.
E por termos o código do produto (somos os desenvolvedores da tecnologia) conseguimos nos adaptar a essas mudanças rapidamente e entregar esse diferencial direto para a estrutura de rede dos nossos clientes.
Vemos uma preocupação enorme dos ISPs de todo Brasil com o fato de que algumas gigantes globais atestarem o uso do certificado SSL.
O Provedor hoje economiza menos banda, em torno de 30%-40% – não necessariamente porque o conteúdo está criptografado.
O que acontece na questão de economia de banda, é que na década de 90 a internet era muita imagem e os Provedores acabavam economizando cerca de 70% de banda. Só que a internet hoje está caminhando para uma diversidade imensamente maior que há 10 anos atrás. Novos serviços e aplicativos são lançados diariamente.
Então o ISP está focado em serviços como Netflix, Facebook, Youtube e os players dos bastidores. Ele não se dá conta, mas fazem muita diferença na estrutura de rede – Olha o exemplo do Microsoft Bits:
Protocolo recém suportado pela nossa solução de cache, o protocolo Microsoft Bits (HTTP Multi range) veio com o lançamento do Windows 10. A Microsoft passou a atualizar seu software através desse novo protocolo. E por ser líder no segmento, cerca de 15 a 20 dias após, várias empresas (players secundários de mercado) começaram a atualizar seus softwares para o protocolo novo da Microsoft. Então os usuários foram atualizando serviços como photoshop, google chrome e seus apps no celular via esse protocolo. Isso significou um enorme salto em termos de índices de economia de banda para os Provedores ativos com a nossa tecnologia, foram de 20 para 36-37% de economia real na estrutura de rede do Provedor.
Uma outra preocupação que muitos Provedores de Internet têm é em relação ao uso de cache quando já tem algum tipo de parceria com Provedores de conteúdo, através do uso de servidores na sua estrutura de rede. Na verdade, essas tecnologias são complementares porque se desafogam.
Se o conteúdo está muito perto – por exemplo, se um vídeo já está armazenado localmente na CDN, dentro da estrutura do Provedor, o servidor de cache não vai se importar com aquele conteúdo, ele vai focar nos conteúdos que estão mais longe do usuário, aproximando de forma inteligente a entrega e percebendo os conteúdos que farão mais diferença para a estrutura do Provedor.
Felipe Wihelms Damasio
CEO e Diretor de Tecnologia
Taghos Tecnologia