À primeira vista parece um dilema amoroso, ou o nome de uma música sertaneja…, mas não, é mais um provedor perdendo um cliente para a concorrência. Triste né?
Pois é, e o pior é que nessa hora não adianta mais chorar, implorar, nem mesmo oferecer desconto. Geralmente, quando o cliente solicita o cancelamento do serviço de internet, o equipamento da concorrência já está instalado em sua casa.
Então o que nos resta? Chorar enquanto se bebe um whisky ao som de Amado Batista? Claro que não! Temos que agir antes que nossos clientes pensem em nos trocar, temos que fidelizá-los, temos que ser mais do que uma simples prestadora de serviços para ele. Este é o sonho (ou pelo menos deveria ser) de todo empresário: tornar sua marca uma love brand!
Se você está se perguntando o que é love brand, fique calmo, vou explicar. Já reparou no ânimo de algumas pessoas ao falar de marcas como Apple, Nutella ou Netflix? Estas pessoas não são simples consumidoras, são fãs! Isto acontece porque estas marcas são exemplos de Love brands, trabalharam suas marcas de maneira diferente, conquistaram o público e são amados muitas vezes até por quem ainda não é consumidor.
Já imaginou ter clientes compartilhando suas postagens, se declarando para seu provedor de internet, dizendo a todos os amigos que “a internet do fulanonet é vida”, e tudo isso por livre e espontânea vontade!?
Pois é, isto é possível e perfeitamente alcançável.
Muita gente pensa que tornar sua empresa uma love brand é impossível, pois seu segmento não te dá esta oportunidade, mas convenhamos, não passa de uma desculpa covarde para não tentar. Quem imaginaria até algum tempo atrás que as pessoas poderiam amar uma plataforma online que as faz pagar para assistir os filmes que até então elas baixavam gratuitamente (e ilegalmente), não é mesmo? Pois é, o que um serviço bem prestado e uma comunicação bem planejada e executada não fazem né.
Quer um exemplo que beira ainda mais o absurdo? Recentemente uma empresa de Teresina viralizou e fez sucesso na internet, sua página no Facebook já tem quase 70 mil curtidas e suas publicações são compartilhadas por pessoas de todo o Brasil. Até aí nada demais, mas e se eu te disser que esta empresa é um cemitério? Isso mesmo, um cemitério (ou cemi como gosta de ser chamado em sua fanpage).
A página do Cemitério Jardim da Ressurreição viralizou em 2016, com uma maneira muito divertida de abordar este assunto tão delicado que é a morte. O sucesso é tamanho que pessoas de diversas partes do Brasil comentam suas postagens dizendo “Meu sonho é ser enterrado no Cemi”.
Confira algumas das postagens que fizeram do “Cemi” um dos cases de sucesso nas mídias sociais em 2016.
E então chegamos ao ponto que queríamos, se um cemitério pode alcançar o sucesso e se tornar uma love brand, acha mesmo que um provedor de internet não pode?
Pare um pouco e reflita, existe mesmo razão para que as pessoas fiquem tão animadas e se sintam especiais (a ponto de postarem fotos nas redes sociais) por estarem consumindo um pote de creme de avelã? A resposta é simples, basta perceber que pessoas não postam fotos com creme de avelã, a não ser que no rótulo esteja escrito Nutella.
E o que dizer de todo o glamour, amizade, felicidade e união representada por “dividir uma Coca-Cola com seus amigos/família”? A verdade é que pessoas compram marcas, sem elas, seria apenas xarope de milho e frutose.
Pense a respeito, entenda o quão grande pode ser o valor de uma marca, e comece a investir de verdade em marketing. Você vai se surpreender.
Lucas Sillas é bacharel em Comunicação Social – Publicidade e Propaganda pela Universidade Paranaense. Tem como especialidade trabalhos com marketing digital e planejamento de campanhas publicitárias, e compõe a equipe de marketing da ISP Shop.