Tudo bem, pessoal? Hoje trago a etapa final dos conceitos básicos sobre Fibras Ópticas que escolhi para vocês. Espero que curtam!
PARÂMETROS DE DESEMPENHO
Assim como há exigências de certificação para cabeamento metálico, para o cabeamento óptico não seria diferente. Existem determinados parâmetros que devem ser verificados para garantir que a transmissão esperada dos dados seja atendida integralmente. Obviamente, tais parâmetros são padronizados por órgãos internacionais, e alguns deles serão citados a seguir. É importante ressaltar que todo teste deverá ser realizado em condições finais de utilização, ou seja, contemplando o cabos os conectores, adaptadores e emendas (mecânicas ou por fusão).
Alguns parâmetros de teste óptico:
- Atenuação
- Largura de banda modal
- Comprimento
- Perda por retorno
ATENUAÇÃO
Testes de atenuação irão apresentar qual o nível da perda óptica ao longo do link óptico sob medição. A análise deve ser cuidadosa, pois cada tipo de aplicação, como Ethernet, ATM, etc, têm seus limites de atenuação definidos. Caso o valor da atenuação esteja acima do padronizado, o sinal tende a se degradar a ponto de não chegar potência suficiente na outra extremidade que possa ser lida pelo receptor. Ou, simplesmente, não chega sinal algum!
A Atenuação, também conhecida como Perda por Inserção, e medida em decibéis (dB).
Cálculo de Atenuação de Potência Óptica
Em projetos mais cautelosos, o projetista faz a previsão da perda por inserção antecipadamente, de forma que o instalador, ao executar um enlace óptico, saberá qual o valor máximo da atenuação naquele link. De qualquer maneira, o instalador deverá calcular a atenuação através da seguinte fórmula:
Onde:
- Aten(cabo) = Atenuação dada em dB/km, cujo valor é adquirido nos catálogos dos fabricantes, e deve ser multiplicado pelo comprimento do cabo.
- Aten(conectores) = Atenuação por conector (valor varia por fabricante, mas o valor máximo por conector é de 0,75 dB).
- Aten(emendas) = Atenuação por emenda (valor típico de 0,30 dB por emenda mecânica ou por fusão).
No exemplo dado, se a aplicação do projeto for 1000BASE-SX, ou seja, implementação Gigabit Ethernet em comprimento de onda 850 nm, o cabo projetado atenderá a necessidade, pois de acordo com o padronizado:
Comprimento de onda: 850 nm
Comprimento máximo do link: 500 m
Atenuação máxima: 2,60 dB
Obs.: Atualmente as máquinas de fusão óptica conseguem fundir as fibras com perdas próximas de zero! Portanto, o cálculo de atenuação total terá resultado menor.
LARGURA DE BANDA MODAL
Este parâmetro de desempenho é aplicável apenas para as fibras multimodo, uma vez que as fibras monomodo possuem somente um modo de propagação da luz. A unidade de medida da Largura de Banda Modal é, MHz.km ou MHz/km, ambos possuem o mesmo significado, muda apenas a forma de interpretação. Vejamos como isso funciona:
COMPRIMENTO
O comprimento de um dado link óptico é muito importante ao se projetar os enlaces ópticos. Como visto nos exemplos acima, não se pode garantir que uma aplicação funcione sem se observar a distância envolvida. Logo, as aplicações são diretamente dependentes do comprimento do cabo. O comprimento dos cabos é conseguido através de um OTDR (Optical Time Domain Reflectometer) ou através das marcações sequenciais existentes em qualquer cabo.
PERDA POR RETORNO
Este item de teste representa a quantidade e potência óptica que retorna à fonte luminosa, o que não é desejável. Este retorno de potência está relacionado com a má qualidade dos conectores, polimento ruim da face dos ferrolhos dos conectores, impurezas no núcleo da fibra, emendas mecânicas ou por fusão e até mesmo da própria teoria de propagação de sinais ópticos. A luz que retorna à fonte representa uma perda e, em função da potência luminosa, pode degradar ou provocar problemas permanentes ao equipamento.
Espero que este post tenha alguma valia para você que projeta ou instala redes ópticas.
No site www.rvconsultoria.com.br existem várias tabelas para consulta e apoio.
Obrigado, e até o próximo post!