Há uma máxima que diz: “Cada macaco no seu galho”, e é a respeito deste ditado que vou falar um pouco hoje.
Se você é mecânico, de que adianta lhe passarem um serviço de conectorização óptica esperando uma perda próxima de zero na fusão? Por mais ridículo que seja o exemplo ainda se vê em empresas práticas como estas. E o pior, esperando que dê certo. A situação se agrava quando a empresa possui pessoal qualificado para determinada atividade e, no entanto, outros profissionais são designados para o serviço e a “equipe titular” leva a culpa em caso de problemas. Vê-se aí um grave problema de gestão e organização.
Vamos para um exemplo real:
Uma rede corporativa, em um grande complexo, ia se estender para uma nova edificação para atender uma demanda de alta criticidade. Assim como muitos projetos que todos nós já vivenciamos, de prazos estreitos e reduzidos por interesses, políticos, por exemplo, este projeto não foi diferente disto. Obra a todo vapor, em turnos para atender aos desejos, equipes de todas as disciplinas e uma determinação da gerência para a equipe de TI: instala o equipamento e põe na rede! A equipe prepara a sua parte, e a parte da equipe de Infraestrutura também. Pronto, problema à vista. A competente equipe de Redes, eu disse Redes, pegou seu switch Core de última geração, módulos GBIC, notebook, assim como os materiais de Infraestrutura como, cabos de energia com tomadas especiais, réguas de tomadas e os cordões ópticos, porém não consultou a equipe de INFRAESTRUTURA e foram para o local da instalação. Na sala de Telecomunicações instalaram o switch no rack, energizaram o equipamento, conectaram os GBICs e foram instalar os cordões ópticos, quando veio o susto. Os cordões, além de curtos, não tinham os conectores corretos!! Erro primário, cujo deslize não aconteceria com a também competente equipe de Infraestrutura. O desespero veio uma vez que não haviam outros cordões com as especificações necessárias e o ambiente deveria estar “no ar” no dia seguinte. Sim, há riscos quando colocamos um mecânico para fazer o serviço de um técnico em Telecom. E, neste caso, foi o que aconteceu. Bom, é desnecessário discorrer mais sobre o fato, pois o meu desejo era mostrar onde podemos chegar com más decisões, com desorganização e com despreparo.
Talvez eu queira o ideal, quem sabe? Mas, se todos que se envolvem, de uma maneira ou de outra, com suas responsabilidades em projetos de quaisquer dimensões e fizerem a sua parte, ponderando entre o limite de sua competência e a dos próximos, reconhecendo a importância de ter o resultado final como o principal objetivo e com pensamento colaborativo, é certo que a meta principal será atingida de maneira exemplar.
Bem, espero que com este rápido exemplo eu possa ter colaborado de alguma maneira para o seu próximo projeto. Se você tiver algum exemplo parecido compartilhe com a gente aqui no blog, ou se preferir, mande-o para reinaldo@rvconsultoria.com.br e vamos trocar ideias.
Até a próxima!