As redes ópticas são atualmente a melhor alternativa para obter altas taxas de transmissão de dados em médias e longas distâncias. Hoje existem links de comunicação por fibra óptica que ultrapassam a casa dos Gbps, com extensões de dezenas ou mesmo centenas de quilômetros. Para tornar possível essa transmissão é preciso adequar o sinal dos equipamentos eletrônicos ao meio de transmissão e esse papel é realizado pelo transceptor óptico.
Um transceptor óptico, ou simplesmente transceiver, é um dispositivo que combina transmissor e receptor óptico num só dispositivo eletrônico. O transceiver transforma os sinais ópticos recebidos através do cabo em sinais elétricos que são enviados aos equipamentos eletrônicos e vice-versa. Estes módulos fazem parte dos equipamentos ativos na rede óptica e estão disponíveis em diferentes modelos padrão. Alguns modelos mais comuns de transceptores em redes ópticas:
TIPO DE TRANSCEPTOR |
CARACTERÍSTICAS |
SFP |
– Fast/Gigabit Ethernet e Fibre Channel; – Distâncias até 100km |
SFF |
– Fast/Gigabit Ethernet e Fibre Channel; – Distâncias até 80km |
XFP |
– 10Gbit Ethernet e 10x Fibre Channel; – Distâncias até 80km; – Taxas de bit até 11,3Gbps |
XPAK |
– 10Gbit Ethernet e 10x Fibre Channel; – Distâncias até 10km; – Taxas de bit até 10,5Gbps |
XENPAK |
– 10Gbit Ethernet; – Distâncias até 10km; – Taxas de bit até 10,3Gbps |
GBIC |
– 1Gbit Ethernet e Fibre Channel; – Distâncias até 160km |
Os transceptores para fibra óptica mais usados em redes passivas são a unidade externa plugável SFP (Small Form-factor Pluggable), para inserção no equipamento e a unidade interna, SFF (Small Form Factor), fixado diretamente na placa eletrônica do equipamento. Uma das principais características dos módulos SFP é que eles podem ser inseridos ou retirados sem desligar a alimentação do equipamento de rede (são ditos hot-plugable).
Os transceivers ópticos são componentes utilizados em conjunto com as portas ópticas PON e com as placas de uplink de OLT’s EPON ou GPON, atuando como moduladores/demoduladores ópticos para realizar a conversão óptico/elétrica em redes PON e possibilitar o tráfego de dados em redes ópticas entre o switch e a plataformas PON. Por exemplo, um SFP é utilizado em conjunto com o OLT para possibilitar a interface óptica deste equipamento com a rede de fibra, seguindo um padrão de especificação de classe de laser que indica a potência na qual o equipamento deverá funcionar.