O transporte de informação por fibras ópticas apresentou evoluções consideráveis na última década, principalmente quando lembramos que na primeira geração de redes ópticas, os equipamentos e as fibras eram utilizados apenas como meio de transmissão e todas as operações de chaveamento, roteamento e processamento de mensagens ou bits, eram realizados eletronicamente, ou seja, a fibra óptica era coadjuvante.
Na atualidade, as redes ópticas são a principal infraestrutura física para escoamento do tráfego IP nos sistemas de telecomunicações. Essa evolução se deu nos domínios de sistemas e dispositivos para transmissão de longa distância, redes de transporte metropolitanas, acesso e interconexão de Data Centers, e tem ampliado continuamente a capacidade e a cobertura dos enlaces. As baixas perdas, imunidade a ruídos eletromagnéticos e as grandes larguras de banda suportadas pelas fibras ópticas atuais, as tornaram o principal meio de transmissão para as redes de backbone das empresas de telecomunicações, quer sejam grandes operadoras até os pequenos ISP’s. O resultado deste desenvolvimento evidenciou-se no custo dos componentes de fibra óptica que diminuiu abruptamente, tornando esta tecnologia comercialmente viável para ser aplicada também nas redes urbanas de acesso.
O ponto chave na implantação dos sistemas ópticos de transmissão é o desenvolvimento de projetos de arquiteturas de redes e protocolos que combinem simultaneamente a grande capacidade da fibra e as transmissões de múltiplos feixes de luz, transportando múltiplos canais de dados usando tecnologias de roteamento óptico de comprimento de onda em redes WDM (Wavelength-Division Multiplexing), com protocolo OTN (Optical Transport Network), incluindo, por exemplo, plataformas com roteadores ópticos ROADM (Reconfigurable Optical Add-Drop Multiplexer) baseados em WSS (Wavelength Selective Switch).
Nesse contexto, tecnologias como o WDM tem se mostrado tecnicamente vantajosas. São consideradas tecnologias transparentes, pois transportam qualquer tipo de dados provenientes de interfaces digitais/ópticas em seus canais e utilizadas em redes de fibras ópticas com o objetivo de permitir a transmissão de diversos sinais ópticos através de uma única fibra, aproveitando melhor sua capacidade de transmissão.
As técnicas baseiam-se em multiplexar os diversos sinais ópticos em frequências de ondas diferentes. A transmissão óptica utiliza três janelas na região do infravermelho (600, 1300 ou 1550nm), porém somente uma janela é usada por vez. As maiores vantagens da utilização do WDM são a grande flexibilidade para aumentar a capacidade de tráfego de dados em uma fibra óptica, o custo/benefício da sua utilização em canais ópticos de grandes distâncias e a capacidade de transportar virtualmente qualquer tipo de dado digital, além da diminuição do número de fibras que são necessárias para interligar redes de computadores.
