A demanda por tecnologias usando fibra óptica nunca foi tão alta. Esta procura está sendo amplamente alimentada pelos consumidores que buscam entretenimento em tempo real na Internet, entregue por meio de serviços de streaming de vídeo e música, aplicações para home office, ensino a distância, videoconferência, entre outros.
Para responder a essa procura, cada vez mais as operadoras de redes de telecomunicações e os ISP’s estão investindo em projetos de cabos ópticos aéreos. Atualmente, a rede aérea é uma das formas mais econômicas de implantar uma rede de telecomunicações. Em vez de cavar ruas, avenidas e, até mesmo estradas para enterrar cabos ou dutos, as operadoras buscam usar as infraestruturas de postes de energia elétrica e outros serviços existentes para instalar os seus cabos em áreas urbanas ou rurais.
A locação mensal de um poste pode custar bem menos quando comparada aos custos de construção de uma rede subterrânea. Junta-se a isso o fato de que o cabo aéreo é normalmente mais rápido de implantar e colocar em operação do que outras opções do mercado. Não é de se admirar que mais de 80% dos projetos de redes FTTx recorrerem às redes aéreas em alguma forma.
Logicamente, nem tudo são flores. Existem fatores que afetam o uso de cabo aéreo, como o método de instalação, qualidade de materiais, mão de obra qualificada, adequação do projeto da rede à infraestrutura existente, contratos de locação nem sempre claros, entre outros aspectos. Globalmente, cada país tem seus próprios regulamentos, códigos, padrões e leis de telecomunicações, mas, de um modo geral, antes que um operador de telecomunicações possa instalar um cabo, deve determinar se existe uma infraestrutura disponível na área que pretende atuar e se o detentor dessa infraestrutura irá permitir sua utilização. Ao mesmo tempo, a operadora terá que avaliar se tem orçamento para cumprir o cronograma de instalação da rede, planos de manutenção periódicos e de reparos, sempre seguindo as normas e padrões vigentes.
As operadoras precisam considerar também os desafios colocados por diferentes situações impostas pela de infraestrutura nas diferentes localidades. Se essa infraestrutura suporta outras redes, se estas estão de acordo com os padrões vigentes, se estão legalizadas. Tudo isso irá interferir no resultado final: a entrega do serviço de qualidade ao consumidor final.
Fica a dica: ao contratar um serviço de telecomunicações (Internet, por exemplo), procure saber se a rede da empresa é legalizada na sua localidade, e se atende aos requisitos de funcionamento da ANATEL. Pesquise antes de contratar, esse já é um pré-requisito para que você não tenha dor de cabeça no futuro.